Zine Sertões #4

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

IBIZA! estamos na capital da balada?


Ibiza é uma das maiores cidades da Espanha, mundialmente conhecida como a melhor cidade noturna, ou capital da balada, para ficar mais claro.
Na noite 29 de novembro e madrugada 30, último fim de semana, a Ibiza transpôs os limites do continente europeu, e instalou-se em Montes Claros.
Tudo bem que não tenha sido a cidade Espanhola, sobretudo não foram as pessoas e nem as esplêndidas super-power baladas que vieram até nós, mar à dentro. Mas a animação, digna da melhor cidade noturna do mundo, estava por aqui, na primeira Ibiza - Special Party, realizada pela Surreal Music Eventos, no último sábado.
Três lindas e talentosas DJ's e centenas de dançantes ávidos por mais e mais electro. Nada demais? Porque ainda nos sobra a vontade de descrever o colorido, as luzes, mas foi coisa pra ser vista.
Quem não foi, não fique tão triste, temos fotos suficientes para alimentar certa imaginação.

Uma organização bem feita. Tudo tranquilo, sem brigas e [estive abismada com isso] sem muita confusão na compra de bebidas. Só a água acabou rápido, mas, como tudo se resolve, tínhamos refrigerantes e alcóolicas de sobra. Ah, sim, e os energéticos.

Os garotos estão melhor a cada evento.
O gosto pela eletrônica agora é visível por aqui. Não sou de crer que isso nos salve das obscenidades musicais que tocam pelas redondezas. Mas vá lá, que isso já nos satisfaz por mais um bom tempo.

Próxima?

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O repórter Lucas Souto, do uhu!fanzine, entrevistou duas das DJ's da noite IBIZA. Confira as entrevistas:

Loló Diniz

Lucas: Quando você começou como DJ?
Loló Diniz: Eu comecei a carreira em 2005, mas antes já me interessava, já tocava nas festas pequenas, de amigos.

Lucas: Você sente algum preconceito em relação ao fato de você ser mulher?
Loló Diniz: Não, porque, na verdade alguns amigos me ajudaram. Assim, existe uma coisa que é tipo um ciúmes, sabe?

Lucas: É difícil começar uma carreira como DJ? Criar um nome, ser conhecida?
Loló Diniz: Eu acho que hoje em dia o mercado ta saturado, tem muito DJ. Os organizadores às vezes querem pagar pouco, e tem muito DJ que aceita tocar por pouco, toca de graça, e isso desvaloriza a gente.

Lucas: Qual o tipo de música eletrônica que você prefere tocar?
Loló Diniz: Eu gosto de electro house, que é mais animado. E tem alguns minimal techno que são bem agitados, não são minimalistas demais, têm melodia, é muito legal pra dançar. O que tá na moda agora é esse som.

Lucas: Você é de Belo Horizonte mesmo?
Loló Diniz: Sou de Divinópolis.

Lucas: Você começou a tocar em Divinópolis?
Loló Diniz: Foi lá que eu comecei.

Lucas:
Como que é pra sua família? Eles entendem bem o fato de você tocar nas madrugadas?
Loló Diniz: No início eles não entendiam muito bem, achavam que era perigoso. Depois eles perceberam o retorno, o reconhecimento, aí eles melhoraram isso.

Marcelinha Dutra

Lucas: Como foi o início da sua carreira?
Marcelinha Dutra: Eu comecei sem pretensão de ser uma DJ profissional. Comecei tocando em festas de amigos, em festas menores. Ah! Tá faltando o DJ “tal”, a Marcela gosta de ficar mexendo lá! Então eu aprendi a tocar tocando mesmo.

Lucas: E como a sua família acha da sua profissão?
Marcelinha Dutra: Meus pais dão o maior apoio, mas queriam que eu tivesse uma vida de gente normal, como eles falam! Mas independente das escolhas que eu fizer na minha vida, os dois tão comigo, sempre. A aceitação foi tranqüila.

Lucas: Como foi define a música eletrônica? O quê que ela é pra você?
Marcelinha Dutra: É uma música que te estimula, que une pessoas que gostam de outros estilos musicais. Une pessoas que gostam de axé, que gostam de rock. Acho que a música eletrônica é aquela que tá no centro das músicas.

Lucas: Qual o estilo que você mais gosta de tocar?
Marcelinha Dutra: Electro house. Hoje o pessoal pode esperar muita novidade. Não tô pretendendo tocar nada comercial.

Lucas: Já houve preconceito pelo fato de você ser mulher?
Marcelinha Dutra: Quando eu comecei a tocar os DJ’s homens me apoiavam muito, porque eu era a única menina que tava tocando em BH. A partir do momento que eu comecei a viajar mais e comecei a passar à frente de alguns o preconceito começou.


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foto: IBIZA clique de: saul vasconcelos mais fotos: orkut uhu!fanzine

Um comentário:

tim disse...

a água acabou cedo? hahahaha, será pq?

=]