No último fim de semana, dias 8 e 9 de maio, estivemos ocupadíssimos ouvindo música boa e vendo arte aqui em Montes Claros. Nada muito fora do comum, receio. A cidade já é marca registrada de boas produções no Estado e o movimento está sendo registrado aqui, agora. Eu, particularmente, vivo argumentando que as produções falham na questão da abrangência. São as mesmas pessoas, nos mesmos lugares, sempre. Não sei dizer se por falta de planejamento na divulgação ou porque não estamos sabendo lidar com o fato de que certas manias devem ser mudadas. Acho, no entanto, que devemos começar a investir num público que ainda não é alvo. Mais adeptos, mais bacana fica. De lado com sugestões, vamos ao que também interessa: aconteceu!
Aconteceu 1
O Indie Minas – Mostra Música veio (meio que repentinamente) e mexeu com a cabeça da moçada. Eu cheguei com uma idéia meio diferente do que seria o Indie, nem melhor, nem pior, apenas diferente. Mas fiquei surpresa, no melhor dos sentidos, com a organização. O mais simples, às vezes, é mais bem recebido, bem utilizado e dá super certo. Tivemos Gr!tare e AT4 de Montes Claros. Bons, como era de se esperar, as bandas fizeram o pessoal cantar e agitar o cabeção (isso eu vi). É bacana ver uns e outros com a letra na ponta da língua. A Gr!tare agora tem lá seu lugar junto aos bons. A AT4 apresentou seguidores, algo bem mais sutil. Os shows, no geral, foram muito bons. De certa hora da noite pra lá, já não posso dizer com tanta certeza. Muito de mim já havia se esvaído nuns copos de cerveja. Mas o pouco que restou estava no aguardo da pérola da noite (sem ofensas aos de Montes Claros). Conheci a banda por vídeo depois de uma indicação em épocas de Pequi Rock. E a espera valeu tudo. A banda é fantástica, os integrantes são extremamente gentis e as máscaras foram um charme. Tudo bem, esperei um cadinho mais. O problema ali é que a Vandaluz (de Patos de Minas, aliás) é uma banda extremamente teatral, cheia de inovações, roupitchas ousadas, experimentalismo, pulos e loucura artística (como disse um amigo nosso). O espaço para tocarem limitou o fantástico do grupo. Quem não conhece (pelo menos por vídeo) o que eles são capazes de fazer, acha que tudo ali foi só. E foi extraordinário! Mas há mais dos caras a ver. Vai por mim. No geral, a música Proibido foi a preferida, porque já era, desde muito antes. Mas o show todo foi fantástico, e quando acabou... bom, deu aquela dorzinha que a gente já conhece. Parabéns à organização, aos artistas da performance genial, às bandas que merecem mais que aplausos, à mulher que vendia conhaque a R$ 1,50 e aos seguranças que foram super eficazes na hora da capacetada inesperada. O bom, nisso tudo, é que temos certeza de que, quem curte (nós) somos da paz, e não tivemos bulufas a ver com aquilo. Ponto a menos para os baderneiros, ponto a mais para Montes Claros, Plug, Associação do Rock de Montes Claros e Região, Espaço Garotas do Rock, Portal Solte o Som, Diretório Central dos Estudantes da Universidade Estadual de Montes Claros (e eles estavam lá!), Site BEMNANET, Zine Sertões e UHU! Fanzine (também estavam!), Stúdio Rock, Ghambiarra, Mopho, Baru Sonoro e todos os bons apreciadores da boa música.
Aconteceu 2
A IV noite do I Circuito Catrumano de Música Independente, iniciativa do Instituto Geraes e coadjuvantes mais que indispensáveis: músicos, amigos, coletivos e gente boa no geral. Na IV noite, tivemos Johnny Rocky (de Montes Claros), participando do Projeto Bandas Novas, do próprio Instituto. Um rock bem hard, como o release prometeu. Mas não vi lá muitos elementos da década de 90 além do chapéu do vocalista (de muito bom gosto, aliás). Podem dizer que não sou musicista, que não entendo de técnica e que não posso opinar. Mas sei que o vocal precisa de melhorias. No mais, os caras são animados e deram conta de segurar boa parte da platéia de pé. Daí seguimos com a Soprones, também da terra do pequi, que só não se saiu melhor porque um show, por mais simples que seja, só é completo quando a platéia participa. O vocalista até tentou, o baixista deu uns gritos, mas o povo estava apático. O comentário geral foi: está todo mundo meio que cansado por causa de ontem. Não é justificativa válida. Primeiro, que metade dos que comparecem a um, não foram ao outro (a outra metade é aquela mesma) e segundo, quem reclama que nunca tem evento não pode reclamar de cansaço. E tenho dito. Faltou animação. Faltou um esquenta da galera. Aquele que a gente viu na primeira noite (na segunda eu não sei) e na terceira. Daí me chegam os caras do The Hell's Kitchen Project e dão de cara com a galera sem um pingo de vibração. Vergonhoso. Bom, sobe o vocalista com um microfone que virou meu atual sonho de consumo e um tênis charmoso e canta super bem. Aí valeu à pena. Musiquinhas bem dançantes, achei. Só não tinha quem dançasse. Fechamos a noite na escuridão total, tendo que ir ao banheiro com um certo 1100 em mãos. Mas até o breu teve seu charme. Mais uma vez, parabéns aos garotos do Instituto e demais responsáveis pelo Circuito. Parabéns às bandas, ao Carrapato (que ninguém nunca vê parado. Inclusive, obrigada pelo escurinho básico no fim de noite), à Rafa Dinez (só não me serve mais suco de limão) e à todos os outros presentes de corpo e alma. (Aos que estavam só de corpo: da próxima, toma um redbull).
Aconteceu 1
O Indie Minas – Mostra Música veio (meio que repentinamente) e mexeu com a cabeça da moçada. Eu cheguei com uma idéia meio diferente do que seria o Indie, nem melhor, nem pior, apenas diferente. Mas fiquei surpresa, no melhor dos sentidos, com a organização. O mais simples, às vezes, é mais bem recebido, bem utilizado e dá super certo. Tivemos Gr!tare e AT4 de Montes Claros. Bons, como era de se esperar, as bandas fizeram o pessoal cantar e agitar o cabeção (isso eu vi). É bacana ver uns e outros com a letra na ponta da língua. A Gr!tare agora tem lá seu lugar junto aos bons. A AT4 apresentou seguidores, algo bem mais sutil. Os shows, no geral, foram muito bons. De certa hora da noite pra lá, já não posso dizer com tanta certeza. Muito de mim já havia se esvaído nuns copos de cerveja. Mas o pouco que restou estava no aguardo da pérola da noite (sem ofensas aos de Montes Claros). Conheci a banda por vídeo depois de uma indicação em épocas de Pequi Rock. E a espera valeu tudo. A banda é fantástica, os integrantes são extremamente gentis e as máscaras foram um charme. Tudo bem, esperei um cadinho mais. O problema ali é que a Vandaluz (de Patos de Minas, aliás) é uma banda extremamente teatral, cheia de inovações, roupitchas ousadas, experimentalismo, pulos e loucura artística (como disse um amigo nosso). O espaço para tocarem limitou o fantástico do grupo. Quem não conhece (pelo menos por vídeo) o que eles são capazes de fazer, acha que tudo ali foi só. E foi extraordinário! Mas há mais dos caras a ver. Vai por mim. No geral, a música Proibido foi a preferida, porque já era, desde muito antes. Mas o show todo foi fantástico, e quando acabou... bom, deu aquela dorzinha que a gente já conhece. Parabéns à organização, aos artistas da performance genial, às bandas que merecem mais que aplausos, à mulher que vendia conhaque a R$ 1,50 e aos seguranças que foram super eficazes na hora da capacetada inesperada. O bom, nisso tudo, é que temos certeza de que, quem curte (nós) somos da paz, e não tivemos bulufas a ver com aquilo. Ponto a menos para os baderneiros, ponto a mais para Montes Claros, Plug, Associação do Rock de Montes Claros e Região, Espaço Garotas do Rock, Portal Solte o Som, Diretório Central dos Estudantes da Universidade Estadual de Montes Claros (e eles estavam lá!), Site BEMNANET, Zine Sertões e UHU! Fanzine (também estavam!), Stúdio Rock, Ghambiarra, Mopho, Baru Sonoro e todos os bons apreciadores da boa música.
Aconteceu 2
A IV noite do I Circuito Catrumano de Música Independente, iniciativa do Instituto Geraes e coadjuvantes mais que indispensáveis: músicos, amigos, coletivos e gente boa no geral. Na IV noite, tivemos Johnny Rocky (de Montes Claros), participando do Projeto Bandas Novas, do próprio Instituto. Um rock bem hard, como o release prometeu. Mas não vi lá muitos elementos da década de 90 além do chapéu do vocalista (de muito bom gosto, aliás). Podem dizer que não sou musicista, que não entendo de técnica e que não posso opinar. Mas sei que o vocal precisa de melhorias. No mais, os caras são animados e deram conta de segurar boa parte da platéia de pé. Daí seguimos com a Soprones, também da terra do pequi, que só não se saiu melhor porque um show, por mais simples que seja, só é completo quando a platéia participa. O vocalista até tentou, o baixista deu uns gritos, mas o povo estava apático. O comentário geral foi: está todo mundo meio que cansado por causa de ontem. Não é justificativa válida. Primeiro, que metade dos que comparecem a um, não foram ao outro (a outra metade é aquela mesma) e segundo, quem reclama que nunca tem evento não pode reclamar de cansaço. E tenho dito. Faltou animação. Faltou um esquenta da galera. Aquele que a gente viu na primeira noite (na segunda eu não sei) e na terceira. Daí me chegam os caras do The Hell's Kitchen Project e dão de cara com a galera sem um pingo de vibração. Vergonhoso. Bom, sobe o vocalista com um microfone que virou meu atual sonho de consumo e um tênis charmoso e canta super bem. Aí valeu à pena. Musiquinhas bem dançantes, achei. Só não tinha quem dançasse. Fechamos a noite na escuridão total, tendo que ir ao banheiro com um certo 1100 em mãos. Mas até o breu teve seu charme. Mais uma vez, parabéns aos garotos do Instituto e demais responsáveis pelo Circuito. Parabéns às bandas, ao Carrapato (que ninguém nunca vê parado. Inclusive, obrigada pelo escurinho básico no fim de noite), à Rafa Dinez (só não me serve mais suco de limão) e à todos os outros presentes de corpo e alma. (Aos que estavam só de corpo: da próxima, toma um redbull).
P.S.: O Instituto Geraes completou, no último domingo, 1 aninho de existência e resistência. Parabéns a você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida.
11 comentários:
Bom dia Manuh!
Ótima cobertura, já está devidamente divulgada no blog www.ramonjrfonseca.blogspot.com.
Espero te encontrar em breve em mais um intrépido evento.
Saudações
Então, a experiência de fazer esse circuito esta sendo bem bacanis, e realmente estamos aprendeno e muito, sempre vejo que o buraco é mais embaixo e quanto mais eu aprendo mais eu sei que não sabemos nada, não existe nada de mais e nen de fantasioso e fantasmagorico, fazemos as coisas do tamanho da palma da nossa mão apessar do nosso cerebelo ser INorme, mas acredito que estamos caminhando bem, quem sabe chegaremos la? enquanto isso naun acontece vamo curtino e recebendo apoios da galera que acima de tudo é independente de tudo isso.
abraços e ate a proxima no dia 23
bjos
fudas boy
hehe
é realmente um ano de resistencia
abraços
fudas man
oi manuh e carol, parabens pelo post, sensacional. adorei a forma como dividiram e apresentaram os eventos desse final de semana.
PARABÉNS
"da hora hein moçada" (by Vitão-AT4)
...heheehe... entao kara...bakana mesmo esse fim de semana, e mais uma vez, ficou interessantissimo o post!!!
Congrats UHU!!!
o/
po, meu comentário num foi não?
=/
mando de novo!
'supercool!
=]
p.s. nem preciso comentar q gosto dos trem q ce escreve, né? hehe..."
É bom ver que as criticas das propostas estão sendo bem aceitas! E ressalto que a comunicação independente do Zine Sertões cada vez mais surpreende pela imparcialidade e pelo jornalismo justo e sério de fato! Se as produções e iniciativas melhoraram podem ter certeza que vocês têm grande parcela também nesta mudança! Parabéns e continuem com a seriedade de sempre! Digão de Paula - Coletivo Plug.
Só pra constar: "e as máscaras foram um charme." As mascaras eram nossas (Gr!tare) só que ficamos meio putos com alguns acontecimentos e resolvemos não usar.. acabamos que esquecemos em cima do palco e os caras usaram. Enfim.. faz parte.
que maaaasssaaaaa...
...eles devem ter achado que era um presente dos Céus...
"olha só, máscaras!!! ...que coincidencia!!!
aehuhuahuaehua... shit happens!!!
o/
urra. nunca sabia.
parabéns moças!
excelente texto, bons pontos de vista.
Abraços
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